quinta-feira, 28 de maio de 2009

PROPOSTA DE ESTUDO PARA INTEGRAÇÃO DO TRANSPORTE INTERMUNICIPAL ENTRE JOÃO PESSOA-CAMPINA GRANDE-COMPARTIMENTO DA BORBOREMA...

PROPOSTA DE ESTUDO PARA INTEGRAÇÃO DO TRANSPORTE INTERMUNICIPAL ENTRE JOÃO PESSOA-CAMPINA GRANDE-COMPARTIMENTO DA BORBOREMA...

“Criando Também, os "Polos de Seccionamento", das "Micro-Regionais", de Patos, Sousa , Cajazeiras”, entre outros...

Ressalto aqui a necessidade do Governo do Estado da Paraíba, através Departamento de Estradas e Rodagem (DER/PB), de se criar o Sistema de Integração do Transporte Intermunicipal entre João Pessoa - Campina Grande - Compartimento da Borborema ( que compreende 23 municípios)...

E como também, entre João Pessoa- Guarabira e João Pessoa- Itabaiana... Dentro dos preceitos da Integração Metropolitana do transporte coletivo urbano de João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Conde e Alhandra...

Aonde, certamente, trará benefícios sócio-econômicos para milhares de usuários deste segmento de transporte Intermunicipal.

Com a Integração, o usuário pagará a metade do valor da passagem sempre na segunda viagem...

Através do “Cartão Integra Bem”.

Para participar da “Integração Intermunicipal”, o usuário tem que possuir o cartão “Integra Bem”... Que pode ser adquirido nas “Agências Permissionárias Intermunicipais”... Legalmente( através de processo licitatório ), inseridas dentro do Sistema Intermunicipal do Estado da Paraíba, dirigido pela “Diretoria de Transporte” do “Departamento de Estradas e Rodagem (DER/PB).Caberá ao Departamento de Estradas e Rodagem, através da Diretoria de Transporte, regulamentar e dimensionar a “Demanda” desta pressuposta “Integração do Transporte Intermunicipal”...
Entre João Pessoa - Campina Grande - Compartimento da Borborema ( que compreende 23 municípios)...E como também, entre João Pessoa- Guarabira e João Pessoa- Itabaiana...Criando Também, os "Polos de Seccionamenro", das "Micro-Regionais"...De Patos, Sousa e Cajazeiras...Entre outros...


Seria importante que o Governo do Estado da Paraíba, através da sua Secretaria de Comunicação Social (Secom), destacar os benefícios que o sistema traria para todos aos usuários deste “Transporte Intermunicipal”... Mostrando aos “Empreendedores”, das cidades consideradas “Pólos” (João Pessoa, Campina Grande, entre outras)... A contratarem “Empregados” de outras localidades circunvizinhas, com “Valores de Passagens”, com um menor custo...

Ou até mesmo, Funcionários Públicos, Municipais, Estaduais e Federal... Que, por interesse socioeconômica não queira residir no município aonde trabalha...
P.S:(Pós Escrito):

De fato algumas Empresas Permissionárias do Estado da Paraíba, como por exemplo, Guanabara, Real Bus, Transnorte, Boa Virgem, entre outras...Extra-oficial, já usam desta modalidade... Na segunda viagem, ou seja, na vinda do interior...Só se paga a metade da “Passagem”...

Sendo assim, cabe, o Estado da Paraíba, através da Diretoria de Transporte do DER/PB...Oficializar...E divulgar através da Mídia Falada, Escrita e Televisionada...Para que toda a sociedade Paraibana tenha conhecimento deste “Sistema de Integração do Transporte Intermunicipal entre João Pessoa - Campina Grande - Compartimento da Borborema ( que compreende 23 municípios)...E como também, entre João Pessoa- Guarabira e João Pessoa- Itabaiana”... Criando Também, os "Polos de Seccionamenro", das "Micro-Regionais"...De Patos, Sousa e Cajazeiras...Entre outros...

E/ou então se legalizar o “TRANSPORTE ALTERNATIVO”... Pois, já existe tramitando na Assembléia Legislativa da Paraíba...Desde do final da década de 1990 e início da década de 2000...Projeto de lei com este objetivo. A aprovação desse projeto só trará benefícios para a sociedade, como:

O Estado, através do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PB), aumentará substancialmente a arrecadação referente a taxa de fiscalização, que varia de 2% de até 70% do aproveitamento da bancada de cada veículo.

O passageiro terá um transporte mais eficiente e seguro, já que o transporte alternativo regulamentado pelo Estado,terá leis específicas e fiscalização que vão exigir desse serviço segurança para os seus usuários.

Serão também contempladas as atuais permissionárias intermunicipais do Estado da Paraíba , pois estes transportes serão integrados no sistema de transporte intermunicipal, desenvolvendo com mais eficiência as linhas microregionais do Estado, já que as atuais empresas exploram estas áreas não conseguem atender a demanda dessas regiões, deixando a desejar a qualidade de seus serviços.A aprovação desse projeto, obviamente, descentralizará o sistema de transporte intermunicipal do domínio de uma minoria,ampliando esse mercado aos diversos segmentos socioeconômico que queiram investir no mesmo, gerando emprego e renda para inúmeros paraibanos.

Após a aprovação desse transporte, caberá ao DER, através da Diretoria de Transporte, regulamentar e dimensionar a implantação do projeto dos alternativos, designando os setores regionais – João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Itabaiana, Patos, Souza e Cajazeiras – Para a execução do projeto e, caso seja necessário, criando outros setores de fiscalização nas rodoviárias com o remanejamento de servidores de residências rodoviárias (Sapé, Solânea, Sumé e Itaporanga). Para isso é preciso se estabelecer critérios como:

• Cada permissionária de Transporte Alternativo só poderá operar dentro de sua micro-região, não extrapolando o percurso de 50Km.

• O DER, através da Diretoria de Transportes, determinará os quantitativos de linha e horário por microrregião e • Para controle e preenchimento das vagas que as permissionárias desejam explorar o DER deve realizar licitação pública.

Sugestões sobre transportes alternativos:

Sugestões que servirão de subsídios para o projeto de transportes alternativos, que está em discussão na Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba.

Já é público e notório, o transporte alternativo no estado, de “Fato”e não de “Direito”; existe de uma forma irregular, insegura e clandestina.

Caso Seja mesmo aprovado o projeto dos alternativos, só trará benefícios para todos; pois, vejamos:

• O Estado:

Através do Departamento de Estradas e Rodagem (DER/PB), órgão gerenciador dos transportes intermunicipais, aumentará substancialmente a arrecadação referente a taxa de fiscalização (2% de até 70% da bancada do veículo), segundo, regulamento dos transportes intermunicipais vigente.

O passageiro:

Terá um transporte mais eficiente e seguro, pois, o transporte alternativo que já existe, é inseguro por ser feito de forma irregular sem controle, disciplinamento e sem uma regulamentação por parte do Estado. Portanto, com a regulamentação do Transporte Alternativo, como se sabe, que funciona de forma irregular, insegura, que transporta passageiro, em alguns casos em veículos abertos (camionetas) como excesso de passageiros e cargas; vendo a hora acidentes de grandes proporções.
• O Transporte Alternativo:

Será o grande beneficiado com a regulamentação deste transporte, pois, será inserido no contexto dos transportes intermunicipais do estado da Paraíba.• As Atuais Permissionárias Intermunicipais do Estado da Paraíba:

Serão também contempladas com imensuráveis benefícios, pois, com aprovação deste Projeto dos Alternativos, terá uma melhor integração do sistema de transporte intermunicipal, devido aos “Alternativos”, alimentar mais eficientemente os pólos (seccionamentos) microregionais do Estado.

Deve-se lembrar que as atuiais empresas permissionárias, segundo se sabe, não atendem satisfatoriamente as demandas Microregionais em “Linhas e Horários”.-Na Regulamentação e dimensionamento deste transporte alternativo, deve-se estabelecer critérios, como:

1-Por Microrregião:

Cada permissionária (transporte alternativo) só poderá operar dentro da sua microrregião; não podendo extrapolar o percurso de 50 km.
2- O Departamento de Estradas de Rodagem:

Através da Diretoria de Transportes, deverá determinar: Os quantitativos de linhas e horários por microrregião.

3- Licitação Pública:

Com certeza, a procura vai ser grande para habilitasse a esta modalidade de transporte alternativo. Deve-se realizar “Licitação Pública”, para preenchimento das vagas permissionárias ou concessionárias, que por ventura vão existirem.
Em suma, só assim, combaterá o “Transporte Intermunicipal do Estado da Paraíba, da sua “Clandestinidade”...

PEDRO SEVERINO DE SOUSA
JOÃO PESSOA(PB), 10.05.2009

CONTATOS:
Celular: ( 83 ) 99873655




IMPOSTO SINDICAL – VOCÊ É CONTRA OU A FAVOR.


IMPOSTO SINDICAL – VOCÊ É CONTRA OU A FAVOR.

 

O imposto sindical foi criado em 1931 durante o governo ditatorial de Getúlio Vargas. Desde então vem sendo cobrado de forma compulsória de todos os empregados, sendo ou não sindicalizados. Se houvesse democracia interna nos sindicatos o dinheiro poderia ser utilizado em benefício da categoria, mas não é isto que sempre acontece.


CONHEÇA A HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL E DÊ SUA OPINIÃO A RESPEITO.

http:www.textolivre.com.br/artigos/16994-sindicato-dos-empregados-historia

http://www.sindicatomercosul.com.br/noticia02.asp?noticia=21618

http://www.sindicatomercosul.com.br/noticia02.asp?noticia=21813

 


FONTE:

Publicado por Nicéas Romeo Zanchett em 27 maio 2009 às 16:47 NO PORTAL LUIS NASSIF(    http://blogln.ning.com/forum/topics/imposto-sindical-voce-e   )

 

segunda-feira, 4 de maio de 2009

TAVARES (PARAÍBA)

Tavares é um município no estado da Paraíba (Brasil), localizado na microrregião da Serra do Teixeira. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2006 sua população era estimada em 13.024 habitantes. Sua área territorial é de 229 km². Distante por rodovia 429 Km da Capital João Pessoa e a 139 Km da cidade de Patos, sede regional polarizada.

 

  

VÍDEO SOBRE...

 

SIMPLICIDADE TAVARES – PARAÍBA

 

  

História

A história do município remonta ao século passado quando o Pe. Francisco Tavares, chegou a região, então habitada por umas poucas famílias. Ao examinar a fertilidade da terra e suas condições climáticas de um sertão promissor, resolveu fazer paradeiro nesse lugar e lutar pelo ideal de povoar uma vila.

 

Por volta de 1870, confrontou-se com o senhor Major Florentino, da região do Mixila (Sítio), que tivera, também, o propósito de formar um vilarejo na região de origem, contra as benções e as idéias do padre, chegando a fundar uma feira livre lá no referido sítio, apressando, dessa maneira, a ação criadora do padre que, debaixo de um Juazeiro, bem no centro de Campina (local onde hoje fica a rua principal) celebrou a primeira missa e edificou um altar improvisado de varas, elevando ao mesmo tempo a imagem do arcanjo São Miguel, que posteriormente recebera do proprietário local, Sr. Manoel Antônio do Nascimento, o qual doou, ainda, quatro hectares de terra como primeiro patrimônio da paróquia de São Miguel. Tal fato teria se dado em 4 de Fevereiro de 1874, quando o povoamento do sítio Campina contava apenas com duas residências: uma na fazenda Casa Nova e outra na Lagoa dos Paulinos.

 

Para celebrar o seu povoamento o padre Francisco Arcoverde Tavares edificou uma capela com a imagem de São Miguel, na condição de Padroeiro, o qual ficou sendo homenageado por nove noites seguidas, nas segunda quinzena do mês de Setembro.

 

A escolha de São Miguel Arcanjo como padroeiro da cidade teria sua razão numa homenagem póstuma, prestada ao filho do doador da imagem e do patrimônio da paróquia, que se chamava Miguel e que teria sido devorado por uma onça nas proximidades da lagoa dos Paulinos. Quanto ao nome Tavares, o mesmo seria uma homenagem ao sacerdote Francisco Tavares, pelos seus relevantes feitos.


Com a chegada do Padre, foi edificada uma capela em homenagem ao arcanjo São Miguel, atual padroeiro. O município alcançou sua independência político-administrativa, através do Projeto de Lei n.º 2.150, em 10 de Setembro de 1959, sendo que, sua emancipação política e administrativa ocorreu em 17 de Novembro de 1959.

 

Geografia

 

Relevo

 

Em termos de relevo a cidade localiza-se no Maciço de Teixeira, denominado como zona fisiográfica do Sertão Alto, uma área cristalina elevada de constituição granítica e gnáissica, no centro-sul do município e de constituição filítica e xística, na porção Norte e Noroeste. O município conta com uma altitude de 724 metros, apresentando topografia irregular de relevo forte ondulado e montanhoso na porção norte, tornando-se ondulado na parte central e forte ondulado no Sudeste. Destacam-se a Serra do Cedro e a Serra do Capitão do Norte e Noroeste e, a Serra Vermelha no Sudeste.


Vegetação

 

A vegetação originária do município era dominada pelas Caatingas que são formações vegetais de porte variáveis, caducifólias de caráterxerófilo com grande quantidade de plantas espinhosas e que possuem formas comuns de resistência à carência de água. Tal vegetação divide-se em dois tipos:


1.Caatinga hipoxerófila – que predomina nas regiões centro-sul e sudeste, denominada como Caatinga de clima menos seco. Apresenta-se densa e com porte arbóreo, estando a freqüência de cactáceas baixas e bromeliáceas restritas às áreas mais pedregosas e rochosas;


2.Caatinga hiperxerofila – predominante na porção Norte e Noroeste do município, caracterizada por apresentar grau mais acentuado de xerofitismo. Sua formação é densa e de porte arbóreo baixo ou arbóreo-arbustivo, com pouca concentração de cactáceas e bromeliáceas.

 

Hidrografia

 

O município está localizado na bacia hidrográfica do Rio Piancó, sendo cortado por vários riachos, dentre eles o Riacho Tavares, Riacho Canoas, Riacho Arara, Riacho Mocambo, Riacho Catingueira etc.


Clima

 

Apresenta clima quente e úmido, com chuvas de verão-outono e um período de estiagem de cinco a sete messes, apresentando uma precipitação pluviométrica média anual de 1.100mm, sendo que o período chuvoso compreende, geralmente, os meses de fevereiro a junho, quando, então, se inicia a estação seca, a qual perdura até o mês de dezembro, época das primeiras trovoadas. A temperatura média no varia entre 22 e 25°C, sendo registradas temperaturas mínimas mensais de 17°C e máximas mensais de 32°C, sendo, geralmente, julho e agostoos meses mais frios e novembro e dezembro os mais quentes.

 

População


Os dados dos ùltimos censos do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística – IBGE, apontam que a população majoritária habita as áreas ‘oficialmente’ rurais do município, muito embora, desde a década de 80 do século XX, se observe um declínio desta população e, concomitantemente, o crescimento da população que reside nas áreas urbanas, movimento este que acompanha a tendência regional e que está relacionado à busca de bens e serviços como postos médicos, escolas, bancos etc.; por parte da população rural.

 

Ainda de acordo com dados do IBGE (Censo Agrícola – 95), o município apresenta uma elevada concentração de imóveis rurais, 71,9%, cujas áreas são inferiores a cinco hectares (gráfico 2), os quais ocupam apenas 24,8 % de toda área municipal, o que nos permite perceber que a concentração de terras, como no restante do país, é um dos problemas que afeta diretamente os pequenos agricultores, que, dessa forma, são “obrigados” a estabelecerem relações de parcerias com médios e grandes proprietários, visando assegurar a reprodução familiar.

 

A pirâmide social no município é assim composta: abaixo, estão os pobres, os despossuídos, os moradores das pontas de ruas; são mulheres chefes do lar, cujos maridos não mais existem, seja por motivo de morte, seja por abandono da casa: são lavadeiras, engomadeiras, as que buscam sustento para si e para os filhos que ficaram, “ajudando” nas casas de “família”, são pais de famílias que vivem do alugado, do bico: ajudante de pedreiro; vendedores de ovos, galinhas; carrinhos de pipoca, confeitos; são os que nada têm,nada possuem e cujos filhos, crianças ainda, passam o dia de porta em porta a mendigar uma comidinha para si e para os seus outros irmãos; são rapazes, os ajudantes de armazéns, das madeireiras, das casas de construção. Um pouco mais acima da pirâmide, ficam os pequenos proprietários, os que possuem um pedaço de terra, mas o qual é tão pequeno, que para alimentarem a família e fazerem a semente para o inverno que de novo há de vir, se Deus quiser, são “obrigados” a entrarem em relação com os médios e grandes proprietários, os quais possuem mais terra e com os quais deixam parte da produção. São esses médios e grandes proprietários, que junto com os grandes comerciantes, funcionários públicos e profissionais liberais formam o topo da pirâmide social.


Por sua vez, os comerciantes mais solidificados no município foram os que conseguiram firmarem-se como atravessadores, tanto na época do algodão quanto no ciclo do feijão, culturas que tiveram seu ponto alto no município, a primeira, nas primeiras décadas do século XX e, a segunda, nas últimas décadas daquele mesmo século, época em que a cidade era conhecida como a “terra do feijão”.


Comunidades

 

De acordo com a metodologia adotada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para a realização do censo, o município foi dividido em 15 áreas, sendo três (03) na sede do município e doze (12) na zona rural. Dentre as comunidades rurais, merecem destaque: Mocambo, Arara, Inácio Alves, Curisco, Pau d’Arco, Boa Vista, Lagoa, Riacho do Meio, Minadouro, Domingos Ferreira, Queimadas, Bonito, Cacimbinha, Cumbre, Castanheira, Olho d’Água Seco, Pitomba, Lajedo Bonito, Manoel do Mato, Macambira e os distritos de Jurema, Belém e Silvestre.

 

Economia

 


As famílias dos pequenos agricultores, com melhores condições financeiras, possuem vacas, cujo leite algumas famílias manufaturam nas próprias casas, obtendo-se então, o queijo e a manteiga, produtos que são consumidos internamente pelas famílias e, também, comercializados nos próprios sítios. São criados, ainda, porcos, bodes, cabras e galinhas, que além de servirem para o consumo familiar, chegam a movimentar um pequeno comércio, o qual vem sendo cada vez mais, ocupado pelos atravessadores.


O comércio local é composto de pequenas mercearias, casas de construção, madeireiras, bares, boates, clubes dançantes, lojas de roupas. A maioria dos estabelecimentos localizados na “área urbana” do município é propriedade de funcionários ou de agricultores médios e, ainda, de ex-agricultores, isto é, pessoas que se aposentaram na agricultura, venderam suas terras e se estabeleceram na “cidade” passando a investir no negócio.


Existem, ainda, alguns casos de médios e grandes agricultores, que passaram a investir no negócio, sem, contudo, abandonarem a agricultura. Nos sítios o comércio é composto quase que exclusivamente de bares-mercearias, isto é, um mesmo estabelecimento, em geral muito pequeno e ligado à casa do proprietário, onde se vendem bebidas e alguns poucos gêneros alimentícios e materiais de limpeza. Há, também, uma rede de comércio ambulante, portanto, feito de porta em porta, por vendedoras/es de roupas e acessórios como bijuterias, maquiagens, utensílios domésticos etc., e que é movimentada, sobretudo por jovens mulheres. Este tipo de comércio está presente tanto nos sítios e povoados como na sede do município. Ainda nesta rede de comércio ambulante podemos incluir os feirantes, isto é, os vendedores de roupas e bijuterias, cereais, frutas e verduras, animais (bovinos, suínos e ovinos), são os que “fazem as feiras”, que percorrem diferentes praças de mercados1, localizadas nos diferentes municípios da região, em diferentes dias da semana. Em Tavares a feira acontece às segundas-feiras, em Princesa Isabel, Juru e Água Branca, aos sábados; mas, há feiras mais distantes, como as de Afogados e Tabira, municípios pernambucanos, que acontecem, respectivamente, nas quartas e quintas-feiras.


Pelos circuitos das feiras circulam pessoas e mercadorias. O raio que tais fluxos abrangem varia bastante, dependendo dos atores: muitos feirantes ficam apenas na feira local; outros ‘fazem’ também as feiras dos municípios vizinhos; alguns se deslocam para mais longe: Tabira (vendedores/compradores de suínos e bovinos e matérias primas: ferro, couro etc.); Afogados.PE, onde a procura é por gênero alimentício; Patos, Caruaru e Serra, os dois últimos, municípios pernambucanos que se destacam pelo comércio de roupas e acessórios: brincos, maquiagens etc.


Uma parte muito pequena da população é formada por funcionários públicos municipais e estaduais; são professores/as e demais profissionais ligados à educação – merendeiras, secretárias/os, auxiliar de serviços etc. -, ou à saúde – enfermeiras/os, auxiliares de enfermagem, técnicos em laboratórios etc. -. No setor de serviços sobressaem-se o alugado e a construção civil. O primeiro é um trabalho que beneficia, sobretudo, os jovens do sexo masculino.


Tanto no período de pico da semeadura e da colheita – período da estação chuvosa – como no período do verão, é comum as contratações ou os “chamados” como é denominada na região, de jovens e adolescentes, por pequenos e grandes agricultores. Durante o inverno, os trabalhos mais procurados são: aração, visto que nem todas as famílias possuem bois e arados; plantio e limpa. No verão, são comuns os chamados para “fazer cerca”, isto é, consertar os arames que cercam as roças e/ou os terrenos dos agricultores ou, ainda, preparar o terreno para o plantio.


Já na construção civil, os serviços mais requisitados são os de pintor e de pedreiro. Tais serviços são realizados por homens adultos, acompanhados muitas vezes de adolescentes e jovens que são denominados de ‘ajudantes’ de pedreiro e/ou de pintor. É bastante comum encontrarmos famílias inteiras que se dedicam a esta atividade e cujos membros acabam sendo conhecidos e reconhecidos na “comunidade” pela sua “arte”, isto é, seu capital cultural adquirido no setor em questão

Organização Popular e Comunitária

Em termos de organizações comunitárias ressalta-se a existência de várias associações comunitárias rurais, ao todo são vinte e duas associações desta natureza, localizadas nos sítios e povoados, algumas destas criadas por políticos locais e outras como resultado de um trabalho de base organizado pela igreja Católica; existem ainda, dois sindicatos, sendo um de trabalhadores rurais e outro de profissionais da educação (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de Tavares.PB – SINTEMT), além de uma rádio comunitária (Rádio São Miguel – FM) mantida pela Associação Comunitária São Miguel – ACOSAMI. Outros espaços organizativos e participativos são os conselhos setoriais (da saúde, da criança e do adolescente, tutelar etc.), os times de futebol, as diversas pastorais ligadas à igreja católica e alguns grupos ligados às igrejas evangélicas, a exemplo da Mocidade.


Aparelhos e Instituições Sociais:


Educação – existe no município uma escola da rede estadual que atende a clientela urbana e rural, oferecendo educação do ensino fundamental ao segundo grau médio, antigo científico, a mesma funciona na cidade e em um dos três povoados, atendendo aí, a clientela do fundamental à oitava série. Existem, ainda, várias escolas rurais que fazem parte do sistema municipal e que oferece educação do fundamental até a oitava série, sendo que as duas últimas fases do primeiro grau – 5ª a 8ª série – são oferecidas apenas nos povoados. Para os que terminam o segundo grau, existe a possibilidade, dependendo das condições familiares, de cursarem um curso profissionalizante nos municípios de Afogados.PE (enfermagem) ou Patos (Computação); fazerem uma faculdade em Serra Talhada.PE, João Pessoa ou, mesmo, Campina Grande. Como se percebe, as trajetórias são múltiplas e as opções variam de acordo com as condições e possibilidades familiares;

Saúde – A cidade conta com um hospital de pequeno porte e alguns postos de saúde espalhados, todos eles, pela zona urbana (cidade e povoados). O atendimento ainda é precário: os casos de saúde com um grau de seriedade maior são encaminhados para tratamento fora da cidade, em municípios maiores, como Serra Talhada.PE, João Pessoa ou Campina Grande, escolha esta que vai depender de múltiplos fatores, sendo o principal dele a existência de algum familiar nessas localidades;

Cultura

O Município possui três praças centrais, localizadas todas na sede, aproximadamente 05 danceterias (boates) localizadas todas nos sítos e povoados e dois clubes dançantes: Palmerião Clube (localizado na sede do município e o Ferreirão (Sítio Dominogs Ferreira). Outro espaço de lazer são os bares e campos de futebol existentes tanto na sede quanto nos sítios e povoados. Encontram-se, ainda, os campos de vaquejada, esporte muito valorizado no município, cujos vaqueiros, em épocas não tão distantes, décadas de 80, realizava grandes torneios, pelo qual a cidade ficou conhecida na região e, também, fora da região. Era comum, em dias de vaquejadas, a cidade ficar tomada por verdadeiros bandos de vaqueiros oriundos da região e mesmo de locais distantes, como Recife, João Pessoa etc. Todavia, na década de noventa, esse esporte perdeu muito do brilho local, vindo a ressurgir nos dias atuais, em alguns sítios a exemploplo do Sítio Minadouro, onde os ruais estão fazendo seus próprios campos e organizando seus próprios eventos (vaquejadas).

 

Circuito de festa

O município conta com um calendário festivo, ligado, sobretudo, aos santos do catolicismo popular: último de maio, São João, São Pedro e Padroeiros, tanto da cidade (São Miguel), quanto das várias comunidades, como bem explica o senhor Manoel Leite da Silva (ex-prefeito municipal) Aqui no município de Tavares tem uma tradição de muitas festas...eu mesmo começo dia 19 de janeiro, dia de São Sebastião a quarenta e sete anos que sou noiteiro no dia 19 véspera de São Sebastião no Lajedo Bonito...vem dia de São José, na Macambira que sou noiteiro e tem que ter a presença nessa festa...tem Santo Antônio no Mocambo que a gente tem que tá presente, fazer, levar um conjuntosinho, umas coisas, pra fazer aquela festa...e é tantas que a gente nem sabe..tem são Domingos no Domingos Ferreira...Tem São João, lá nas Batingas, aí começa a festa de São Francisco em Jurema, de Nossa Senhora no Belém, tem a do Silvestre, tem a festinha de Nossa Senhora do Carmo que se Deus e São Miguel nos ajudar ela se realiza...dia 16 é a última noite...de julho...vai completar 18 anos, que todo ano eu faço essa festinha de nossa senhora que é uma promessa que eu tenho...(M.L.S, 82 anos)''

 

Religião


É forte a presença da religião, sobretudo do Catolicismo popular, o que também é uma característica das sociedades camponesas. Porém nos últimos anos, vêm se intensificando a presenças das Igrejas evangélicas, embora a população seja predominantemente católica, já existem, em todo o município, três instituições religiosas evangélicas que são as Igrejas: Igreja Congregacional, Congregação Cristã do Brasil eAssembléia de Deus.]

 

 

Referências

§                     SILVA, Marcelo Saturnino. Formas de Sociabilidade Juvenis e Construção dos Espaços Rurais no Município de Tavares. Campina Grande:UFCG, 2005 (Projeto de Pesquisa).

§                     SILVA, Marcelo Saturnino. Entre o Bagaço da Cana e a Doçura do Mel: migrações e as identidades da juventude rural. Campina Grande:UFCG, 2006 (Dissertação de Mestrado).

§                      

Referências

1.   1,0 1,1 Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

2.   Estimativas da população para 1º de julho de 2008 (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de agosto de 2008). Página visitada em 5 de setembro de 2008.

3.   Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

4.   4,0 4,1 Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 11 de outubro de 2008.