sábado, 27 de junho de 2009

A NASCENTE DO RIO AÇU - NORDESTE SETENTRIONAL DO BRASIL



SEDE DO QUILÔMBO DO LIVRAMENTO... QUE FICA A 1.200 METROS DE ALTITUDE NO MUNICIPIO DE SÃO JOSÉ DE PRINCESA-PB...NASCENTE DO RIANCHO PIANCÓZINHO UM DOS AFLUENTES DO RIO PIANCÓ...




VÍDEO SOBRE...


COREMAS CIDADE DE TODOS


SISTEMA ESTEVÃO MARINHO-MÃE D’ÁGUA, CONHECIDO POPULARMENTE PELO AÇUDE DE COREMAS… MARCO REGULATÓRIO COREMAS/AÇU…SEGUNDO, ANA(Agência Nacional das Águas)...




A NASCENTE DO RIO AÇU - NORDESTE SETENTRIONAL DO BRASIL


Por: Eugênio Fonseca Pimentel – Geólogo - Diretor de Agricultura da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal do Assú/RN.



REUNIÃO DO GAMAR


Em reunião do GAMAR - Grupo de Acompanhamento do Marco Regulatório e do Gerenciamento Integrado do rio Piranhas/Açu realizado no Villa do Arraial Hotel, no dia 03 de agosto de 2006, na cidade de Assú/RN, o geólogo Eugênio Fonseca Pimentel defendeu com argumentos, a tese em que questiona a nascente do rio Açu, até então oficialmente reconhecido, inclusive, por palestra proferida pelo diretor da SERHID-RN, como sendo no município do Bonito da Santa Fé, no Estado da Paraíba.

Com base em viagens de geologia de campo realizadas nos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia, na década de 80, em estudos e pesquisas posteriores, o geólogo assuense apresentou com convicção a tese que o rio Açu possui sua cabeceira na divisa dos Estados de Pernambuco e Paraíba, mais precisamente, no riacho Santa Inês que despeja suas águas na época de chuvas no rio Piancó, que por sua vez vai despejar no rio Açu e do rio Açu vai bater no meio do mar.



Todavia, se leva em conta a porção mais meridional do rio Piancó, afluente de maior expressão do rio Açu, a nascente se localiza nos municípios de Santa Cruz da Baixa Verde e Triunfo, agora no Estado de Pernambuco.

De posse do mapa recém confeccionado pela ANA- Agência Nacional das Águas e livros, um dos quais elaborados por técnicos patrocinados pelo Banco Mundial, Eugênio Pimentel conseguiu convencer os técnicos da ANA, IGARN, AESA e DNOCS, que debruçados sobre mapa do pesquisador, admitiram sua convicção na qual ia de encontro à resolução nº 399 de 22 de julho de 2004, da ANA, resolução essa, que versa sobre o tema.

Tal acontecimento foi registrado em foto, durante uma confraternização entre os pesquisadores interessados que estavam no Villa do Arraial Hotel.

Por fim, o técnico da ANA, Rubens Maciel Wanderley se prontificou a mandar de Brasília-DF, a íntegra da resolução que trata dos critérios técnicos para a identificação dos cursos d'água brasileiros que o assuense recebeu no DNOCS de Assú/RN, via Internet.

Desta forma a convicção agora aceita, foi que o nosso rio Açu que flui na direção Nordeste possui sua maior extensão quando se segue seu afluente o rio Piancó na Paraíba, que por sua vez, tem como nascente o riacho Santa Inês, localizado na divisa de Ceará, Pernambuco e Paraíba.

Contudo, quando leva em conta a porção mais meridional "Porção Sul" e quando se leva em consideração a latitude mais Sul do Nordeste Setentrional do Brasil a cabeceira do rio Açu se localiza na imediação dos municípios de Pernambucano de Triunfo e Santa Cruz da Baixa Verde.


SERRA DA BAIXA VERDE, MUNICIPIO DE SÃO JOSÉ DE PRINCESA-PB...NASCENTE DO RIACHO PIANCÓZINHO...

É importante esclarecer que depois de transpor um alto topográfico e estrutural os rios e riachos pertencentes a bacia hidrográfica do rio Açu de agora em diante descambam rumo ao Sul para a bacia hidrográfica vizinha do "Velho Chico". Assim pois, é importante difundir que depois de subir o rio Pajeú e transpor o alto topográfico, se atinge a cabeceira do rio Espinharas na Paraíba, que vai despejar no rio Açu, no município Serra Negra do Norte, no Estado do Rio Grande do Norte.

Do ponto de vista geo-histórico, o rio Açu "uns dos sumidouros do rio São Francisco" foi muito importante no povoamento e colonização do sertão do Brasil. Em seu leito seco, ora pedregoso, ora arenoso, pisaram muitos mercenários paulistas e pernambucanos, destacando-se o destemido e cruel Domingos Jorge Velho e o pernambucano Bernardo Vieira de Melo, que mais tarde tornou-se governador da Capitania do Rio grande do Norte.

O Baixo Vale do Açu, porção sedimentar, adjacente a chapada serra do Cuó, mais precisamente no lugar denominado "Fura Boca" a três quilômetros ao Norte da atual cidade de Assú, ocorreu o maior genocídio da civilização indígena do Brasil. Os índios Janduís, os mais bravos dos Tapuias, os verdadeiros donos da terra, fiel amigos dos flamingos e ferrenhos inimigos dos portugueses, resistiram bravamente por mais de três décadas.

Nem mesmo o poderoso Domingos Jorge Velho e seu terrível "Terço Paulista" conseguiu vencê-los. O mercenário paulista depois de mais de dois anos de peleja, partiu daqui sem acabar com a resistência indígena, rumando para combater juntamente com Bernardo Vieira de Melo, os negros no "Quilômbo dos Palmares" no Estado de Alagoas, liderado pelo herói negro "Zumbi". Lá, tal como no sertão do Açu ocorreu também um grande genocídio, considerado o maior da civilização negra do Brasil.


FONTE:
POSTADO POR REVISTA IMAGINATIVA ÀS QUARTA-FEIRA, MARÇO 07, 2007


MINHAS CONCLUSÕES DESTE TEXTO (AS NASCENTES DO RIO AÇU)... ABORDADO ACIMA...


Ressalto aqui, que deste 1999... Já tinha consciência que as nascentes do Rio Açu... Não seriam as nascentes do ”Alto Piranhas”... Que fica no município do Bonito da Santa Fé, no Estado da Paraíba...

E sim, nas nascentes do “Rio Piancó”... Ou seja, o Rio principal da Bacia Hidrográfica do “Grande Açu”...Não é o Piranhas... E sim, o Rio Piancó...No lugar de se chamar Piranhas/Açu...Deveria de chama Piancó/Açu... Veja artigo meu ( É O PIRANHAS OU PIANCÓ?

http://pedroseverinoonline.blogspot.com/2009/06/e-bacia-do-piranhas-ou-do-pianco_21.html )...Que foi escrito em Junho de 2003...

Da onde, suscitou o colegiado da ANA(Agência Nacional de Águas)...Baixar a Resolução Nº 399 de 23/07/2004 da Agência Nacional de Águas (ANA) que modifica a Portaria nº 707, de 17 de outubro de 1994 do Departamento Nacional de Águas e energia Elétrica (DNAE), especifica os critérios para a determinação dos cursos d’água em uma bacia que constituem as unidades sobre as quais serão aplicados os critérios constitucionais de dominialidade.

Os critérios especificados são:

5.1) Cada curso d’água, desde a sua foz até a sua nascente, será considerado como unidade indivisível, para fins de classificação quanto ao domínio;

5.2) Os sistemas hidrográficos serão estudados, examinando-se as suas correntes de água sempre de jusante para montante e iniciando-se pela identificação do seu curso principal;

5.3) Em cada confluência será considerado curso d’água principal aquele cuja bacia hidrográfica tiver a maior área de drenagem;
5.4) A determinação das áreas de drenagem será feita com base na Cartografia Sistemática Terrestre Básica;

5.5) Os braços de rios, paranás, igarapés e alagados não serão classificados em separado, uma vez que não são consideradas partes integrantes do curso d’água principal...

Todavia, diante posto, desta Resolução Nº 399 de 23/07/2004 da Agência Nacional de Águas (ANA) que modifica a Portaria nº 707, de 17 de outubro de 1994 do Departamento Nacional de Águas e energia Elétrica (DNAE)...O Rio Piancó, é o principal rio da bacia hidrográfica do Açu...E não o “Alto Piranhas”...Neste caso, esta referida bacia Hidrográfica...Deveria se chamar...Piancó/Açu...E nunca jamais Piranhas/Açu...

Agora, entretanto, ficou a dúvida... As nascentes do Rio Açu, que flui na direção Nordeste possui sua maior extensão quando se segue seu afluente o rio Piancó na Paraíba, que por sua vez, tem como nascente o riacho Santa Inês, localizado na divisa de Ceará, Pernambuco e Paraíba...
Já existe outra versão, que diz que quando se leva em conta a porção mais meridional "Porção Sul" e em consideração a latitude mais Sul do Nordeste Setentrional do Brasil a cabeceira do rio Açu se localiza na imediação dos municípios de Pernambucano de Triunfo e Santa Cruz da Baixa Verde...E o município Paraibano de São José de Princesa... Aonde nasce o Riacho Piancózinho...Um dos principais afluentes do “Alto”, Rio Piancó...

Então, diante disto, eis a questão:

O afluente principal do “Alto Piancó”...Vai ser o riacho Santa Inês, localizado na divisa de Ceará, Pernambuco e Paraíba...no município de Santo Inês , antigo distrito de Conceição do Piancó...Ou o riacho Piancózinho que nasce entre os municípios de Triunfo - PE, Santa Cruz da Baixa Verde-PE e São José de Princesa - PB?

Neste caso, cabe a ANA(Agência Nacional das Águas) o Rio Açu por ser uma Bacia Hidrográfica Federal... Fazer este estudo...Através de um levantamento “Cartográfico”...Para se saber...A partir da montante, da confluência do Piancózinho com o Rio Piancó no município de Boa Aventura – PB...Tanto, para as nascentes do Piancózinho... Localizada imediação dos municípios de Pernambucano de Triunfo e Santa Cruz da Baixa Verde...E o município Paraibano de São José de Princesa-PB...

E as nascente do riacho Santa Inês, localizado na divisa de Ceará, Pernambuco e Paraíba...no município de Santo Inês , antigo distrito de Conceição do Piancó...

Diste disto, saber entre estas duas nascentes(Riacho Santo Inês e Riacho Piancózinho)...Qual delas tem uma maior área de drenagem? Só depois, se definirá... Qual será a nascente principal?

Agora, entretanto, o que o Governo do Estado da Paraíba, deveria “Reaver”, através IHGP(Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba), “Consultar” o IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)...Da possibilidade das águas dos municípios Pernambucanos de Triunfo e Santa Cruz da Baixa Verde...Invés de drenarem para a Bacia Hidrográfica do Pageú...Se drena é para o “Vale do Piancó”?...Se assim for...Triunfo e Santa Cruz da Baixa Verde...Pertencem de “Fato” e “Direito”... A “Territorialidade Paraibana”...

Se sabe que em toda História e Geografia do Brasil...A Divisão territorial entre Pernambuco e a Paraíba...Se fez desde do Litoral ao alto Sertão pelo o “Divisor D’Água”... Um exemplo típico de tudo isto, é entre Itambé-PE e Pedra de Fogo-PB...Que são literalmente, divididas ao “Meio”...Em outras palavras o afloramento geológico do “Planalto da Borborema” , entre Pernambuco e a Paraíba...Foi de fato, quem dividiu “Territorialmente”, Pernambuco da Paraíba...

Assim sendo, Se o estudo abordado anteriormente, for verdadeiro, e se sabe que é visível ao “Olho Nu”...Ou seja, a uma “Observação Empírica”...Se vê...Que uma “Grande Porção das Águas entre os municípios Pernambucanos de Triunfo e Santa Cruz da Baixa Verde...São mais “Drenadas”...Para o “Vale do Piancó...Através do Riacho Piancózinho...Do que para a Bacia hidrográfica do Pajéu...


DO ESCRITOR
PEDRO SEVERINO DE SOUSA
JOÃO PESSOA(PB), 27.06.2009

quarta-feira, 24 de junho de 2009

MARCONDES GADELHA VAI ESCREVER LIVRO SOBRE A TRANSPOSIÇÃO



VIDEO SOBRE...
Caravana da Transposição do São Francisco (TV Itararé)
CARAVANA PRÓ – TRANSPOSIÇÃO( PARTE1 )
CARAVANA PRÓ – TRANSPOSIÇÃO( PARTE2 )


MARCONDES GADELHA VAI ESCREVER LIVRO SOBRE A TRANSPOSIÇÃO

A saga da Transposição do São Francisco está virando livro. De autoria de um dos maiores defensores do projeto, o deputado federal Marcondes Gadelha, a obra, segundo o próprio autor, será uma narrativa em primeira pessoa contando os mais de 20 anos de envolvimento dele com o projeto e todo o processo que gerou o que é conhecido como fase moderna da Transposição, período que começou no governo do presidente Itamar Franco. Marcondes já escreve o livro e acredita poder lançá-lo no primeiro semestre de 2010.

“A obra vai mostrar a evolução do projeto, trará considerações de ordem técnica e, eventualmente, de natureza política”, diz o deputado. O marco inicial do livro é o projeto do Ministro Mário Andreazza. “Andreazza pretendia ser candidato a presidente e a Transposição constaria de seu projeto de governo. Depois de perder a convenção do partido para Paulo Maluff, comenta-se que Andreazza entrou em depressão e morreu em seguida”. Morria com ele o projeto, que foi sepultado em um dos escaninhos do Banco Mundial, em Washington, Estados Unidos. “Na seca de 1993 nós descobrimos esse projeto lá no Banco Mundial. Começamos a trabalhar a ideia e trouxemos o engenheiro responsável pelo projeto, José de Ribamar Simas”. Na ocasião foi realizada em Sousa, sertão da Paraíba, uma grande reunião para discutir a Transposição.

“Esse encontro foi o nascedouro de toda a mobilização em favor do projeto que aconteceu nos anos seguintes. O fruto concreto desse encontro foi uma reunião nossa com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará, em Fortaleza. Elaboramos ali a ‘Carta de Fortaleza’ que foi entregue ao presidente Itamar Franco”, relembra Gadelha. Itamar Franco aceitou a proposta e determinou ao ministro do Interior, o potiguar Aluísio Alves, que iniciasse imediatamente os estudos e elaborasse o projeto técnico. “A partir de então temos uma bela história repleta de lances dramáticos, e até violentos, como no impedimento, à força, da realização de uma audiência pública na cidade de Aracaju, capital de Sergipe. Esse triste episódio abre o livro e eu conto com detalhes como usaram de violência para nos impedir de realizar a audiência pública”. Partindo desse episódio o livro segue em ordem cronológica e chega ao governo do presidente Lula com a efetiva realização da obra da Transposição.

A SECA E O SUBDESENVOLVIEMTO

Sem revelar mais detalhes do livro, Marcondes antecipa que além da história da Transposição, a obra literária deverá trazer uma reflexão sobre a seca e suas implicações no subdesenvolvimento do Nordeste setentrional. “A oferta de água está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico das regiões. Há uma correlação biunívoca entre níveis de desenvolvimento e consumo de água. A transposição resolve um problema secular, o problema da escassez de água no Nordeste setentrional, mas também traz a possibilidade de desenvolvimento para essa região há muito sofrida e com tantos problemas. Estamos trabalhando para garantir o futuro do Nordeste”.

O livro trará, ainda, a questão ambiental, ponto mais criticado do projeto. Discutimos exaustivamente a questão ambiental, as questões financeiras e também de engenharia, além de diversas questões políticas que permearam vários debates no decorrer dessa história. Também suscitamos a memória dos grandes debates jurídicos que foram travados e que culminaram com o histórico acórdão lavrado pelo ministro Sepúlveda Pertence que encerrou as batalhas judiciais em torno da matéria”. Esse acórdão determinou que todas os julgamentos relativos à transposição seriam feitos pelo STF. Acervo documental Marcondes revelou que o livro contará com alguns anexos. Fotos, gráficos, tabelas, dados técnicos referentes ao projeto apresentarão a Transposição de maneira clara e objetiva. “Apresentaremos documentos e um grande acervo relacionado ao projeto de Transposição inclusive do modelo atualmente em construção”. Já com título provisório, mas guardado a sete chaves, Marcondes disse esperar que o livro “tenha boa aceitação e posso se tornar um documento de toda essa saga que estamos tendo o privilégio de participar diretamente e que trará incontáveis benefícios a mais de 12 milhões de nordestinos”.


FONTE:
AFONTEENOTÍCIA
Da redação com assessoria Aguinaldo Mota

domingo, 21 de junho de 2009

TRANSPOSIÇÃO: EIS A QUESTÃO... E O PLANO DAS ÁGUAS... DO GOVERNO MARANHÃO I




VÍDEO SOBRE...



PROJETO TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FFRANCISCO INPE/SP





TRANSPOSIÇÃO: EIS A QUESTÃO...
E O PLANO DAS ÁGUAS...
DO GOVERNO MARANHÃO I



Alguns políticos dos estados da Bahia e Minas Gerais,principalmente, Antônio Carlos Magalhães, ex-presidente do Congresso Nacional, advoga ser contrário à transposição do São Francisco para a região semi-árida do Nordeste brasileiro, argumentando que esta transposição traria prejuízos irreversíveis ao meio-ambiente (flora e fauna) ao longo do curso do Rio São Francisco, desde a Serra da Canastra (MG), o seu nascedouro,até sua foz, em Penedo, estado de Alagoas, como também perderia um pouco a capacidade geradora de energia elétrica, através de algumas usinas hidrelétricas, como: Sobradinho, Itaparica,
Paulo Afonso, Moxotó e Xingó.

Não vejo razões para essa argumentação. Hipoteticamente, imaginemos que o Rio Piancó, que abastece o Sistema Estevão Marinho – Mãe D’água, conhecido popularmente como Açude de Coremas, fosse um rio perene e caudaloso e que asvárzeas de Sousa (PB) fossem abastecidas a partir da confluência do Rio Piancó com o Rio Piranhas, no município de Pombal (PB). Com a vazão de4m3/s (vazão do canal da Redenção). Nesse sistema Estevão Marinho Mão D’água existe uma hidrelétrica, que deságua, diuturnamente, 6m3/s à sua jusante, perenizando o Rio Piancó, que conflui com o Rio Piranhas no município de Pombal. Partindo deste pressuposto, se existisse essa transferência de água (4m3/s) da confluência desses dois rios para as várzeas de Sousa,somando com os 6m3/da vazão da hidrelétrica...

Acima mencionada, perfariam10m3/s, dos quais4m3/s iriam para as referidas várzeas de Sousa e os outros6m3/s seguiriam seu curso normal (Rio Piranhas até o Vale do Açu – RN). Devo salientar que,como aumento da vazão de6m3/s para10m3/s desse sistema, aumentaria sua capacidade geradora de energia e as sobras (desperdícios) das águas das várzeas de Souza voltariam ao seu ponto de origem, ou seja a confluência do Rio Piancó e o Rio Piranhas, através do próprio Rio Piranhas que recebe as águas vindas das várzeas de Sousa.

Portanto, partindo desta hipótese aqui levantada, o Rio Piancó, à montante do Açude de Coremas, não sofreria nenhum prejuízo, pois o volume deste rio hipoteticamente imaginado permaneceria o mesmo e a sua jusante, permaneceria com seu mesmo volume de água (6m3/s) a partir de Pombal.

Então, a partir deste quadro hipotético aqui abordado, pode perfeitamente transferir na realidade para a questão da transposição do Rio São Francisco, como: escolhe-se a Represa de Sobradinho (BA), com capacidade máxima de 34 bilhões dem3, aproximadamente,;como a represa fornecedora e reguladora desta transposição...



Suponhamos que o volume de água a ser transposto seja de 100m3/s diuturnamente. No decorrer de 365 dias (1 ano), este volume corresponderá apenas a 3.153.600.000 (três bilhões cento e cinqüenta e três milhões e seiscentos mil), que eqüivale somente a 9,3% (nove vírgula três por cento) da capacidade máxima deste complexo.

Como se vê, a perda é insignificante, considerando o Rio São Francisco ser perene e as estações chuvosas realimentar essesistema. A geração de energia produzida pelo sistema das barragens existentes entre Sobradinho, Orocó, Ibó, Itaparica, Complexo de Paulo Afonso e Xingo, que foram construídas para assegurar uma vazão regularizada de 2.060m3/s, produz 5.628 Megawatts; portanto para cada1m3/s de vazão desses sistemas são produzidos 2,731Mw.

Entretanto , se inserir mais 100m3/s neste sistema de Sobradinho (BA) à Xingó (AL), digo, até Cabrobó (PE), pois a transposição será feita a partir desse referido município pernambucano, a CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) aumentará sua capacidade de geração de energia, neste perímetro.

Percebe-se, nitidamente, que o Rio São Francisco, à montante da represa de Sobradinho (BA), não sofrerá nenhum prejuízo, que concernente a sua flora e fauna, como também, a sua jusante, pois o seu nível d’água será regularizado e suprido de acordo com a demanda do seu curso normal e a demanda da transposição.

No tocante à entrada da transposição no estado da Paraíba existem duas ramificações: uma pela região do Carirí. Partindo do Açude Poço da Cruz, em Pernambuco, atingiria as nascentes do Rio Paraíba, de forma a atender o Cariri, Curimataú e o Litoral. Esta alternativa é imprescindível, devido estas regiões (Cariri e Curimataú) serem altamente carentes de recursos hídricos, decorrentes de seus baixos índices pluviométricos anuais que variam de 350mm a 500mm e tem mais outro agravante: mesmo os escassos recursos hídricos existentes sofrem o efeito da composição mineralógica dos seus solos e subsolos com grande predominância de cloreto de sódio e enxofre, deixandoas suas águas do lençol freáticocombaixo teor de potabilidade (altamente salobra), imprestável para o consumo humano, animal e até para agricultura.

A outra ramificação é pelo sertão paraibano, que tem um índice pluviométrico anual que varia de 500mm a 800mm, como se vê ligeiramente maior do que o Cariri e Curimataú, decorrente da influência do inverno (estação chuvosa) do Meio-Norte (estado do Maranhão) entre os meses de novembro a março.

Nesta ramificação existem três alternativas, são elas: através do Açude Coremas, Açude Boqueirão de Piranhas (Cajazeiras) com capacidade máxima de 255 milhões dem3 edo Açude Lagoa do Arroz (Cajazeiras), com capacidade máxima de 80.220.750m3 (oitenta milhões duzentos e vinte mil e setecentos cinqüenta) metros cúbicos d’água.

A alternativa mais viável em minha concepção é através do Rio Piancó, que abastece o Açude de Coremas, pelo seguinte motivo: segundo o projeto Plano das Águas...






Do Governo José Maranhão, idealizado pelo saudoso ex-secretário dos Recursos Hídricos, Dr. Gilberto Morais, este projeto (plano das águas) foi elaborado tendo como Carro Chefe justamente o Açude de Coremas. Seria este reservatório que iria alimentar em parte as interligações das Bacias Hidrográficas do Estado, a partir do município de São Domingo de Pombal, alimentando as regiões das Espinharas (Patos), Vale do Sabugi e outras regiões.

E também, dentro do projeto Plano das Águas, existem 12 projetos Hidroagrícolas para o estado da Paraíba, dos quais nove são encravados no



Vale do Piancó: Piancó I, II, III, IV, V, VI, Poço Redondo (Santana de Mangueira), Projeto gravata (Nova Olinda) e projeto Genipapeiro (Olho D’água) e mais o Projeto das Várzeas de Sousa, alimentado pelo Canal da Redenção.
É bom lembrar que, se a transposição fosse através, por exemplo, do Açude Lagoa do Arroz que deságua no Rio do Peixe nas Várzeas de Sousa, o Canal da Redenção perderia o seu sentido de ser.


É bom ressaltar que o reservatório (Estevão Marinho Mãe D’água), constitui-se num dos maiores complexos hídricos da Região Nordeste, cuja capacidade máxima chega a mais de 1,35 bilhão de metros cúbicos de água, além de dispor de uma hidrelétrica que até a década de 1970 abastecia quase toda Região Sertaneja como fonte geradora de energia elétrica, e hoje está interligada ao sistema CHESF, com Paulo Afonso, estado da Bahia; também, uma grande maioria da população paraibana e brasileira não sabem que este grandioso complexo construído nas décadas de 1940 e 1950 tem como meta mais ambiciosa a implantação de um Pólo de Desenvolvimento, denominado, de Meridiano 38, cujo projeto se encontra atualmente no Ministério da Integração Regional da Presidência da República.

Caso seja implantado o projeto Meridiano 38 em nosso estado, vai trazer a redenção de toda essa área (sertão paraibano), prevendo inclusive a criação de uma Faculdade de Agronomia, Escola técnica Agrícola e Centro administrativo de Política Agrícola, visando a irrigação de milhares de hectares de terra, trazendo empregos e renda para inúmeros paraibanos, tendo como epicentro deste Pólo de Desenvolvimento, justamente a cidade de Coremas.



EXTRAÍDO DO LIVRO:

S725a
Sousa, Pedro Severino de
Água: a essência da vida: água e vida suas
perspectivas para o futuro / Pedro Severino de
Sousa. - João Pessoa: IMPRELL GRÁFICA, 2002.
224 p.
1. Água 2. Hidrologia 3. Geopolítica
UFPB/BC CDU:556

É A BACIA DO PIRANHAS(*) OU DO PIANCÓ?



VÍDEOS SOBRE...



COREMAS, UM OÁSIS NO SERTÃO




COREMAS: UM DOS MAIORES AÇUDES DO NORDESTE SANGRA





É A BACIA DO PIRANHAS(*) OU DO PIANCÓ?


Está em todos os livros de geografia da Paraíba, sem exceção, quer seja didático, paradidático, ou de leitura complementar, diz que a bacia do Rio Piranhas, é a principal bacia hidrográfica do sertão paraibano. Tendo vários Rios como seus afluentes. No alto-Piranhas, Rio do Peixe. No médio-Piranhas, Rio Espinharas, Rio Panati, Rio Sabugi, entre outros, inclusive, o Rio Piancó e Rio Aguiar. Já no baixo-Piranhas, o Rio Piranhas: deságua no Rio Açu, formando a bacia Piranhas-Açu.Entretanto, vejo discrepância nesta afirmação, em o Rio Piranhas ser a principal bacia hidrográfica do sertão da Paraíba. Pois, se não vejamos: o Rio Piranhas em toda sua nascente, até mesmo considerando as bacias hidrográficas dos açudes de Engenheiro ávidos, São Gonçalo e Lagoa do Arroz, que deságua no Rio do Peixe, toda esta bacia hidrográfica mencionada anteriormente, só representa 1662km² (mil seiscentos e sessenta e dois quilômetros quadrados), e toda sua bacia hidráulica somente acumula 380.000.000m³ (trezentos e oitenta milhões) de metros cúbicos de água...


Enquanto que as bacias dos Rios Piancó e Aguiar, que alimenta o sistema Estevão Marinho- Mãe Dágua, têm quase 8.000km² (oito mil de quilômetros quadrados) de bacia hidrográfica e um volume de 1358.000.000m³ (um bilhão trezentos e cinqüenta e oito milhões) de metros cúbicos de água de bacia hidráulica.


Então, se vê a olho nu, não precisa nem mesmo de uma analogia mais apurada para se constatar que a bacia do vale do Piancó, é bem maior do que a bacia das nascentes do Rio Piranhas, como mostra os números mencionados anteriormente. E é de uma supremacia bem superior, pois, tanto a bacia hidrográfica do vale do Piancó, é 5(cinco) vezes maior do que a bacia do Rio Piranhas. E também referente à bacia hidráulica, só basta citar a bacia hidráulica do sistema Estevão Marinho-Mãe Dágua, que é 3,5(três vezes e meia) maior do que toda bacia hidráulica do alto Piranhas, inclusive, incluindo os açudes Engenheiro Ávidos, São Gonçalo, Lagoa do Arroz e até mesmo o Açude de Pilões.

E têm mais ainda, o sistema Estevão Marinho- Mãe Dágua, desde do inicio da década de 50, existe uma hidrelétrica, com uma vazão regularizada de 6m³/s(seis metros cúbicos por segundo), diuturnamente, perenizando Rio Piancó até a confluência com Rio Piranhas no município de Pombal (PB), que desemboca no Rio Açu, formando a bacia Piranhas-Açu.


E o mais absurdo de tudo isto, segundo meu ponto de vista, depois das discussões da Transposição das Águas do São Francisco para os Sertões do Nordeste do Brasil, que concerne à ramificação (entrada) pelo Sertão da Paraíba, deveria ser pelo vale do Piancó, e não pelas a nascente do Rio Piranhas, segundo o Projeto da Transposição, elaborado pelo Ministério da Integração Nacional.




Até porque o sistema Estevão Marinho-Mãe Dágua, conhecido popularmente como o açude de Coremas, é a grande “Caixa Dágua” do Estado. E tem mais, segundo ao “Plano das Águas”, existem 12 projetos Hidroagrícolas para Estado da Paraíba, dos quais nove são encravados no vale do Piancó: Piancó l,ll,lll, lV, V, Vl, Poço Redondo (Santana de Mangueira), Projeto Gravatá (Nova Olinda) e Projeto Genipapeiro (Olho Dágua) e Mais o Projeto das Várzeas de Sousa, alimentado pelo Canal da Redenção, que sua tomada dágua, é no açude de Coremas...



Se realmente a Transposição vier acontecer um dia, e a ramificação do sertão da Paraíba, for mesmo pelas as nascentes do Rio Piranhas, que deságua no Rio do Peixe nas várzeas de Sousa, o Canal da Redenção perderá o seu sentido de ser.

É bom ressaltar que o reservatório Estevão Marinho – Mãe Dágua, constitui-se num dos maiores complexos hídricos da região Nordeste, cuja capacidade máxima chega a mais de l,35 bilhão de metros cúbicos de água, além de dispor de uma hidrelétrica que até a década de 1970 abastecia quase toda região sertaneja como fonte de geração de energia elétrica, e hoje está interligadas ao sistema CHESF, com Paulo Afonso, Estado da Bahia; também uma grande maioria da população paraibana e brasileira não sabe que este grandioso complexo construído nas décadas de 1940 e 1950 tem como meta mais ambiciosa a implantação de um Pólo de Desenvolvimento, denominado, de Meridiano 38, cujo projeto se encontra atualmente no Ministério da Integração Nacional da Presidência da republica.


Caso seja implantado o projeto Meridiano 38 em nosso Estado, vai trazer a redenção de toda essa área (sertão Paraibano), prevendo inclusive a criação de uma Faculdade de Agronomia, escola Técnica Agrícola e Centro Administrativo de Política Agrícola, visando a irrigação de milhares de hectares de terra, trazendo empregos e rendas para inúmeros paraibanos, tendo como epicentro deste Pólo de Desenvolvimento, justamente cidade de Coremas.


(*) Agora, entretanto, provavelmente, os Geógrafos, Engenheiros e os pseudos hidrólogos, entre as décadas de 10 e 20, porventura dos estudos das bacias hidrográficas do alto sertão paraibano, acharam e classificaram a bacia do alto Piranhas, como sendo a principal, até porque, nestas citadas décadas, ainda não estavam construídos os complexos Estevão Marinho-Mãe-dagua, São Gonçalo e tão pouco Engenheiro Ávidos... No entanto, no período chuvoso, entre Janeiro e Junho, a bacia hidrográfica do Rio Piancó, por ser mais íngreme (até por não ter uma várzea, similar como as várzeas de Sousa), em toda sua extensão, escoava todas suas águas para confluência com Rio Piranhas...Já na bacia do alto Piranhas, de Janeiro a Dezembro, escoava suas águas para o Rio Açu, formando o Piranhas-açu. Como é sabido por todos de Janeiro a Junho, o sistema Piranhas-açu, é contribuído pelo próprio Rio Piranhas, alêm do Rio Piancó, Rio Aguiar, Rio Espinharas, Rio sabugi e Rio Seridó, entre outros...Todavia, de Julho a Dezembro, só a bacia hidrográfica do alto Piranhas, alimentava o sistema Piranhas-Açu, através das várzeas de Sousa. Devido às várzeas de Sousa no período invernoso acumulava água e no período de estiagem de Julho a Dezembro, alimentava o citado sistema Piranhas-Açu.




CARTA PARA JUDIVAM RODRIGUES DOS SANTOS




Pedro Severino Faustino, meu amigo e conterrâneo, eu queria saber se Coremas vai ser beneficiado com a transposição do São Francisco... E se vamos poder ver Mãe Dágua sangrando continuamente... Se isso é possível.



Abraço do amigo e fique com Deus...



Meu nobre amigo e conterrâneo *Judivan Rodrigues dos Santos...Sendo breve, vos lhe digo, se o Rio Piancó...Receber também as águas da Transposição do São Francisco(se Deus quiser, vai receber)...Certamente, a nossa Querida Mãe D' Água... “Não”... Que não virá sangrará continuamente... Ou seja, ano após ano...Pois, esta água aduzida do Projeto São Francisco...



Terá um uso múltiplo(água de beber, para matar a sede dos animais, irrigação, lazer, piscicultura, entre outros usos)...Mas, entretanto, acredito eu, existindo uma gestão racional...

Dentro de um “Principio Sinergético”...Certamente, manterá o Açude de Curema-Mãe D’Água...Em quase sua capacidade máxima...


Neste caso, basta, ano após ano...Ocorrer precipitações de chuvas...Não muito significativa(com estiagens, que é comum nesta região), ou seja, bem abaixo da Série Histórica do Semi-Árido Nordestino, aonde estar incluso o nosso vale do Piancó, que é de 800mm...Sendo assim, obviamente, a Barragem de Mãe D’ água, sangrará anualmente...





“Se isto na verdade... Tudo isto... abordado acima... Acontecer um dia... Tirará não só Coremas-PB... E sim, todo o Vale do Piancó... Até a confluência desde gigante Rio Piancó...Com o Alto Piranhas, no município de Pombal”... E por não deixar de falar... De todo baixo Piranhas/açu...Do atraso Secular Sócio-Economico-Cultural...

Minhas Saudações Coremenses,

Pedro Severino Faustino

P.S: Após a escrita original deste Texto(É A BACIA DO PIRANHAS(*) OU DO PIANCÓ?)...Em abril de 2003...

Encaminhei ao então Deputado Federal Marcondes Gadelha...Que entrou com requerimento na Câmara Federal do Congresso Nacional do Brasil...Sendo aprovado por “Unanimidade”...Que foi encaminhado ao Colegiado da ANA(Agência Nacional de Águas)...Que baixou resolução Nº 399 de 23/07/2004, que modifica a Portaria nº 707, de 17 de outubro de 1994 do Departamento Nacional de Águas e energia Elétrica (DNAE), especifica os critérios para a determinação dos cursos d’água em uma bacia que constituem as unidades sobre as quais serão aplicados os critérios constitucionais de dominialidade.

http://www.ana.gov.br/CobrancaUso/_ARQS-Estudos/PCJ/Nota_018-05_NGI-Dominialidades.pdf

Os critérios especificados são:
5.1) Cada curso d’água, desde a sua foz até a sua nascente, será considerado como unidade indivisível, para fins de classificação quanto ao domínio;
5.2) Os sistemas hidrográficos serão estudados, examinando-se as suas correntes de água sempre de jusante para montante e iniciando-se pela identificação do seu curso principal;

5.3) Em cada confluência será considerado curso d’água principal aquele cuja bacia hidrográfica tiver a maior área de drenagem;

5.4) A determinação das áreas de drenagem será feita com base na Cartografia Sistemática Terrestre Básica;
5.5) Os braços de rios, paranás, igarapés e alagados não serão classificados em separado, uma vez que não são consideradas partes integrantes do curso d’água principal.


Fonte: ANA(Agência Nacional de Águas)
http://www.ana.gov.br/

quinta-feira, 18 de junho de 2009

COMEÇAM OS TRABALHOS PARA CRIAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO SERTÃO PARAIBANO




VIDEO SOBRE...


UFCG EM PAUTA: SEM CENSURA!
TV BRASIL...



COMEÇAM OS TRABALHOS PARA CRIAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO SERTÃO PARAIBANO


A Comissão de Estudo da Viabilidade Técnica de Criação da Universidade Federal do Sertão, a partir do desmembramento dos campi Cajazeiras, Patos, Pombal e Sousa da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), se reuniu na manhã desta quarta-feira (17), no gabinete do reitor Thompson Mariz, presidente da comissão. No encontro, foram estabelecidos os primeiros passos para a elaboração de um relatório conclusivo a ser apresentado ao Colegiado Pleno do Conselho Universitário, num prazo de 60 dias.

Ressaltando que os trabalhos serão voltados para a construção de um documento consistente, balizado pela transparência dos atos e das ações; e a democratização e massificação dos debates, Mariz disse que não haverá nenhuma discussão sobre a sede da reitoria da nova universidade, caso venha a ser criada. “Pois, a escolha será de competência de uma comissão do MEC e que, qualquer inclinação nessa direção, certamente contaminará o processo com interesses políticos extra-universidade”.

O reitor disse que as participações da sociedade e da classe política paraibanas serão imprescindíveis, mas que esse é o momento de um estudo técnico detalhado, na universidade, para saber se ela quer ser desmembrada e se os campi envolvidos têm condições de se transformarem na Universidade do Sertão, uma instituição pujante e de perspectivas claras. “Se a criação for recomendada, então teremos a sociedade e os políticos como parceiros em mais um desafio”, disse, lembrando que a UFCG surgiu de uma luta suprapartidária.

Próximos Passos

A comissão delegará, amanhã, às pró-reitorias e prefeitura universitária que apresentem, até o próximo dia 30, dados que substanciem a elaboração do relatório, tais como: infraestrutura, gestão financeira, convênios, quadro de pessoal e número de alunos, projeção de aposentadoria dos servidores, cursos e vagas oferecidas na graduação e na pós, bolsas e gratificações, qualificação dos docentes, números das residências e restaurantes universitários e projetos de extensão, assistência estudantil e número de terceirizados.

Recebendo esses números, a presidência os encaminhará aos membros da comissão para uma leitura e reflexão setorizada e global de suas realidades. No dia 6 de julho – no gabinete, às 10 horas - a comissão realizará sua segunda reunião. Nela, os dados serão aferidos e sistematizados para disponibilização pública e nutrir as argumentações e as discussões na comunidade universitária. O calendário para os debates nos campi também será estabelecido.

Na reunião desta quarta, decidiu-se pela convocação dos vice-diretores dos centros envolvidos no estudo para compor a comissão, como suplentes. Da mesma forma, o vice-reitor Edilson Amorim, que participou desse primeiro encontro, será o substituto do reitor. Outro ponto estabelecido foi a criação de grupos de trabalho, em cada campus e sob coordenação do seu diretor, tendo, entre outras atribuições, agendar e organizar os debates com a comunidade universitária.

Secretaria e Relatoria

A comissão adotará um sistema de secretariado por campus. Onde acontecerem atividades, a função será exercida pelo seu diretor de centro. Exemplo, no debate com a comunidade universitária de Patos, o secretário será Paulo Bastos, diretor do Centro de Saúde e Tecnologia Rural. Já, nos encontros nos campi Campina Grande e Cuité, o vice-reitor responderá pela secretaria.

Atentando para a necessidade de um relatório bem trabalhado, que elenque e comente os dados e catalogue alguns posicionamentos e considerações colhidas nas audiências públicas (debates com a comunidade acadêmica) a comissão decidiu por uma relatoria e sub-relatoria, que serão exercidas, respectivamente pelos diretores Joaquim Alencar (Sousa) e Martinho Salgado (Pombal).

Expectativas

Thompson Mariz disse que a história da Universidade Federal de Campina Grande é um referencial e o incentivo maior para que esse estudo de viabilização de criação da Universidade do Sertão se concretize “na realização de um sonho”. Para ele, ninguém perde, todos ganham, pois a instalação de uma universidade traz novos cursos e novos campi, consequentemente, avanços econômicos e sócio-culturais. “Estamos construindo uma Paraíba vocacionada ao ensino universitário e tecnológico público”.

A expectativa do reitor é de que até junho do próximo ano, se os estudos comprovarem a viabilidade, uma nova universidade estará sendo criada no estado.

Paulo Bastos, diretor do Centro de Saúde e Tecnologia Rural, campus Patos, disse acreditar que a criação será benéfica para a região e para o estado. “Um sistema multiuniversidade, a exemplo do que acontece em Minas Gerais, é mais positivo do que o multi-campi, pois facilita a vinda de recursos para a Paraíba”, exemplificou citando dados orçamentários que foram multiplicados com o desmembramento da UFPB.

Para ele, mesmo não surgindo com a mesma expressão da UFCG, a instituição será forte e representativa no cenário nordestino e nacional por suas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Fábio de Freitas, diretor do Centro de Formação de Professores, campus Cajazeira, salientou que o momento é oportuno para criação, pois o governo federal tem se mostrado interessado na implantação de novas universidades. “Temos que ser breves. Só não podemos ter a UFCG como referencial no quesito tempo de criação, nos demais, ela será nosso espelho”, disse, comentando que cada campus - com suas características e potencialidades – são as justificativas para o sucesso.

Freitas disse está otimista, pelo quadro de funcionários, infraestrutura e alunos que os campi dispõem. Para ele, os números reais e ideais são próximos e a concretização do projeto é possível.

Martinho Salgado, diretor do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar, campus Pombal, defende que tudo vem do sucesso do Plano de Expansão da UFCG – criação dos campi Cuité, Pombal e Sumé – e dos ideais do reitor da UFCG de expandir o ensino superior pelo estado. “O momento histórico é promissor e as realidades de cada campus envolvido tornam o projeto viável”, explicou, ilustrando as condições favoráveis.

Com exemplos das potencialidades dos campi e cidades-sede, Salgado elencou inúmeras razões para o surgimento de uma universidade, a exemplo das bacias leiteira, hidrográfica e petrolífera.

Joaquim Alencar, diretor do Centro de Ciências Sociais e Jurídicas, campus Sousa, também ressaltou o momento oportuno advindo com a política de expansão universitária do governo Lula. Registrou que a Universidade do Sertão é um sonho acalentado há 20 anos. Ele defende que também é tempo de se construir uma nova universidade com um novo modelo de gestão. “Descentralizada, onde cada campus sedie uma estrutura importante da administração”, sugeriu.

Para Alencar, essa descentralização da estrutura administração ajudaria na integração e valorização dos campi. “Algumas pró-reitorias poderiam ser sediadas em outros centros, fora da reitoria”, exemplificou.

FONTE:
Da Ascom UFCG



SENDO ASSIM, NASCE A PERSPECTIVA DA CRIAÇÃO DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE COREMAS-PB...

DESDA FORMA SERÁ ATENDIDO O PLEITO DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO PARA COREMAS:

PLEITO DE CAMPUS UNIVERSITÁRIO PARA COREMAS

Veja abaixo troca de E-mail(s) entre Pedro Severino
E o Reitor da UFCG Thompson Mariz:





Olá Tompson Mariz,



É um enorme prazer ser seu amigo aqui no Orkut... Parabéns pelo seu trabalho como Reitor da UFCG... Não é a toa...Que a UFCG está se expandido pelo interior da Paraíba... Entretanto, ainda não se instalou em Coremas... Pois, Coremas possui um potencial enorme... Maior açude da Paraíba, Hidroelétrica, Subestação da CHESF, o acervo do acampamento do DNOCS, para instalação do Campus, entre outros... Por que falta Projeto? Ou por falta de uma articulação Política?


Respeitosamente,
Pedro Severino
www.pedroseverinoonline.blospot.com






Olá Pedro Severino,




Na verdade quando traçamos o diagnóstico da exclusão da educação superior procuramos priorizar as micro-regiões, em particular as cidades pólos dessas micro-regiões.

Por exemplo, Curimatau, cidade pólo: Cuité; Cariri, cidade pólo geográfico: Sumé, porque a cidade pólo geoeconômica é Monteiro; Vale do Piancó, cidade pólo: Itaporanga; Vale do Paraíba, cidade pólo: Itabaiana.

Com essa radiografia partimos para elaborar o PLANEXP (Plano de Expansão da UFCG), que foi submetido ao MEC, em audiência pública, realizada no dia 19 de julho de 2005.

Claro, muitas cidades importantes, a exemplo de Coremas, Catolé do Rocha, Princesa Izabel, Teixeira, Taperoá, Sapé, etc. ficaram de fora. O importante é que precisávamos de um bom projeto e ele foi elaborado e está sendo executado.

Espero que com a criação da Universidade Federal do Oeste da Paraíba ou do Sertão da Paraíba, como queira, Coremas possa ser contemplada com um Campus.

Acho que só uma boa conversa com você, ou mesmo uma boa leitura do PLANEXP faria você compreender que era preciso ter um objetivo, sério e criterioso, e buscar com toda a competência e habilidade possível realizá-lo, mesmo num Estado conflagrado e frágil politicamente.

Nós conseguimos, dai o sucesso da UFCG.
Grande abraço em você em todos os amigos Coremenses (Fui muitas vezes tomar banho em Coremas quando ainda moço e quando ainda morava em Antenor Navarro, hoje São João do Rio do Peixe) !


THOMPSON MARIZ
REITOR DA UFCG

domingo, 14 de junho de 2009

PROJETO DE PSICULTURA PARA O AÇUDE DE COREMAS...

ENTREVISTA DO PROFESSOR DR.JUAN CARLOS CORTEZ(UFPB)

E DR. PEDRO SEVERINO DE SOUSA(AESA)

ÁUDIO VÍDEO DA ENTREVISTA







VÍDEO SOBRE…

COREMAS, UM OÁSIS NO SERTÃO PARAIBANO




PROJETO DE PSICULTURA PARA O AÇUDE DE COREMAS...

TEMA:
Implantação de projetos na área da piscicultura em comunidades do açude Estevam Marinho
Entrevista cedida pela COREMAS FM

Os entrevistados foram interrogados por radialista Daniel Maia.

Boa tarde, pessoal de Coremas, é um prazer estar aqui com vocês, é a segunda vez que eu venho aqui em Coremas, e o que me traz aqui é o interesse de desenvolver um projeto em parceria com o programa de doutorado ao qual eu faço parte e coordeno sobre a questão da inovação do processo produtivo no açude de Coremas que é a temática que eu estou tratando, principalmente – para a pesca.
Isso é o que me traz aqui, para ter uma visão de como anda a pesca no açude de Coremas. JUAN

Sobre a implantação de projetos na área da piscicultura em comunidades do açude Estevam Marinho?


O nosso alvo de pesquisa no programa de doutorado em parceria com a universidade da Espanha e a UFPB do qual eu faço parte e sou representante da coordenação desse projeto. O nosso interesse é fazer um levantamento sócio-produtivo para termos uma avaliação dos indicadores de produção de pesca. Haja vista, que nos últimos cinco anos a comunidade Coremense tem apresentado uma queda nos seus padrões de produtividade do pescado, principalmente pela diversidade de peixes e alterações climáticas que tem passado.
Verifica-se que através das chuvas e das enchentes que aconteceram recentemente, o açude encontra-se num estágio otimizado e por outro lado, num estágio critico. Esse estágio crítico refere-se principalmente ao processo extrativista do pescado ou da diversidade de peixes que vem acontecendo nos últimos anos. Coremas, pelas informações que se tem obtido pela universidade, ela se caracterizou nos últimos cinco anos como uma fonte de referência na questão da produtividade desse produto, e hoje vemos que ela tem caído na sua capacidade de produção de pescado. Então, esse é um problema que reflete em função de diversas variáveis que achamos convenientes retomá-las para podermos dar um suporte tecnológico e organizacional, a essas comunidades para poder trazer um desenvolvimento sustentável à comunidade de Coremas e proporcionar-lhe um estágio produtivo ideal.

Esse trabalho já está sendo feito, ou o senhor veio fazer um levantamento, um estudo, pra implantá-lo aqui?

Como todo trabalho é necessário primeiramente fazer um diagnóstico, um levantamento como qualquer outro projeto. A minha permanência aqui em Coremas é justamente para fazer esse levantamento através de visitas às comunidades e verificar em locus qual é a verdadeira situação em que elas se encontram. Desde ontem que eu estou aqui em Coremas e certamente estarei esse final de semana, em novembro estaremos de volta com mais tempo para fazer uma avaliação mais criteriosa, para saber como anda a questão do pescado e a questão da organização social produtiva desde produto.

Já visitou outras comunidades em Coremas?

Sim. Ontem e hoje visitamos algumas comunidades, ontem demos uma volta pelo açude e também falamos com algumas pessoas de outras comunidades. Em suma, eles nos manifestam que estão passando por um período critico, principalmente o alto índice de extrativismo do pescado e que seu sindicato não está mais como outrora. É previsível que as condições de pesca possa entrar em colapso, não tendo o produto em quantidade desejada, e isto provocaria uma crise séria no produto peixe ou pescado aqui no açude de Coremas.

Pelo que o senhor viu e presenciou, há de ter muito trabalho aqui na cidade de Coremas?

Inicialmente como todo processo de levantamento e informações, sim. Eu acho o que essa nova performance que não só Coremas está vivendo, mas o planeta todo da função de recursos naturais e águas. È necessário que a comunidade repense agora num critério muito mais amadurecido no que significa esse recurso natural, como mantê-lo. Há três meses atrás eu fui convidado para participar na Espanha da Conferência Internacional sobre as águas e recursos naturais. Os indicadores informam que provavelmente daqui a vinte anos os recursos naturais, mananciais, a exemplo de Coremas, se não forem hoje tratados com políticas de monitoramento os seus recursos poderão entrar em colapso. Alguns fatores propiciam toda essa condição: o extrativismo, a falta de informação, a desestrutura e a falta de políticas ambientais que deveriam ser exercidas, mas no entanto, não se cumprem. Então, digamos, Coremas não é um problema isolado, Coremas devido o volume de água é um problema normal, e isto tem que passar pela consciência de todas as comunidades, de todos os povos, que o açude de Coremas não só atende os coremenses, mas também tem toda uma rede de ligação com todo Estado da Paraíba, por isso coloca Coremas em um estágio mais crítico.
Numa média de tempo, começando o trabalho hoje, enquanto tempo nós teremos a possibilidade de voltar a ter a pesca como um fator econômico forte?

Indicadores mostram que há dez ou quinze anos atrás Coremas teve indicadores de pesca significativo, em torno de 20 a 40 mil toneladas de peixe, e hoje está imprevisível, isto é um indicativo seriíssimo. Quanto tempo demoraria esse projeto para estabelecer esta condição, eu acho que vai depender primeiramente da reestruturação social produtiva das comunidades e das políticas de gestão que poderão ser retomadas dentro do fator do pescado.
Só que há um fator também muito importante em tudo isso, que é a questão da inovação tecnológica, e também dos novos procedimentos de produtividade e manutenção das espécies, temos que trazer as comunidades para que reflita que as espécies, não são elementos dissociados do ser humano, que nós e os peixes somos uma coisa só e que precisamos estar em conjunto, e isto requer uma conscientização mais amadurecida para que possamos ter equilíbrio e pelo que eu tenho observado agora, estamos em um período ideal, o açude está com muita água, a água está em condições boas, não vi indicadores de toxidez ou poluição elevada, mas em contrapartida está com um baixo indicador de espécies, e se não prestarmos atenção algumas delas poderão entrar em extinção.

Qual o Papel exato da comunidade nesse processo.

Como todo elemento vital social produtivo as comunidades precisam retomar, na minha opinião, este papel através de informações, principalmente. Informações que serão socializadas, tanto do ponto de vista social, político, econômico, tecnológico. E que essas comunidades não fiquem isoladas, ela têm que partir para uma interação comunitária, participativa, compartilhada.
Então é meu trabalho fazer um diagnóstico desse fator, como uma ponte de alavancagem que somente comunidades que podem se socializar ou compartilhar esta estratégia de trabalho, podem resgatar os indicadores que outrora o açude tinha. Sabemos que colocarmos as comunidades isoladas sem ter um processo produtivo, elas tenderão a declinar paulatinamente.
Primeiramente porque se sentirão só, segundo porque não tem a informação, terceiro porque perderão o credibilidade, então o meu trabalho é justamente buscar as comunidades que tem interesse nesse assunto, e também introduzir os fatores de inovação. Quando eu falo de inovação não precisa trazer máquinas e equipamentos, a inovação se dá através da do processo de educação, tecnologias básicas, elementares, para poder passar por um estágio mais avançado.
Então na medida em que as comunidades possam ter acesso à informações, estrategicamente diagnosticadas que precisem de uma intervenção, certamente se elas atingem um patamar imediatamente passaram para o segundo e depois para o terceiro, e assim as comunidades poderão dizer que tem um nível de amadurecimento para poder trabalhar sustentavelmente com as espécies que se encontram no açude. Acho que minha tarefa é justamente conduzir essas comunidades, só que não é fácil, porque temos referências que essas comunidades já passaram por diversos problemas de gestão e também descrédito por parte dos seus gestores, programas que nunca funcionaram, recursos que tomaram outros destinos. E a comunidade ficou a Deus dará. A credibilidade no momento não é fácil, só com ações que a própria comunidade poderá partir passo a passo para retomar o fator produtivo.

O fator financeiro, essa inovação custa muito dinheiro?

Como toda inovação é necessário colocar os seus recursos financeiros, ele teria mais credibilidade na medida em que a educação ou a conscientização se consolide, e passa a demonstrar que é passivo, e que as comunidades estão amadurecidas para um nono passo. Então os programas de treinamento, programas de gestão, e avaliações continuadas, certamente serão feitos. E logo após, se pensará sobre as expectativas, ou que medidas os recursos poderão ser introduzidos paulatinamente. Esses recursos vão desde a construção das barcas, que agente observou, por exemplo, o tipo de barca que são usadas, os períodos que eles saem, o tempo que gastam, o tipo de motor, gastos com gasolinas, óleo diesel, e outros tipos de produtos e serviços que eles mesmos fazem. Isso tem que tomar uma medida de ação que racionalize o perfil da atividade pesca.
Além disso, se cria também uma cultura que sabe trabalhar bem, determinado assunto. Se é para transporte de bode, gado, é uma cultura que trabalhe só para isso. Se é do tipo que vai trabalhar só com um tipo de pescado. Ou nós partimos para ter uma visão racional equiparada do que é, e quando é, acho que seria ideal. No entanto, hoje, todo mundo faz tudo, todo mundo se complica com tudo, e isso faz com que nossas ações não entre em uma linha de ação programada, para que haja um desenvolvimento. Nós deveremos notar que uma coisa é desenvolvimento e outro é crescimento. Nós observamos que Coremas tem tido um crescimento de barcos e comunidades, mas um baixo crescimento com o produto, e tendências cada vez menores. Este é um dos fatores que achamos ser passivo de ser entendido, pela forma de organização e pela forma da inovação e também pela carência de recursos para poderem agir, saudavelmente, equiparado e ativamente o cultivo da atividade que está realizando.

Participação do Especialista Em Recursos Hídricos
Pedro Severino de Sousa.

Boa tarde. É uma grande satisfação falar nessa rádio FM 87.9. Estou francamente alegre, por essa oportunidade de vir esplanar o nosso projeto, conjuntamente com o amigo Professor Juan, sobre a piscicultura, que faz parte da sua tese de doutorado na Espanha e trazemos esse projeto elaborado aqui em Coremas, juntamente com as comunidades envolvidas na pesca a gente aqui executá-lo para retomar a nossa produção perdida, que até a década de 80 a produção de pescado em Coremas era maior que a do litoral da Paraíba, e por conta da pesca predatória estamos quase zerando a produção de pescado, e vai gerar desemprego nas comunidades e sem dúvida, um caos social.
Quero complementar dizendo o seguinte, esse projeto de piscicultura para Coremas é um projeto virtuoso, que vai além do projeto da produção de peixe, vai surgir outros projetos, como irrigação, turismo, porque Coremas tem uma potencial enorme em todas as áreas. Eu sempre digo, Coremas é uma cidade maravilhosa no sertão da Paraíba, mais as autoridades coremenses nunca viram isso. Eu sempre sonhei em Coremas, um dia ser uma redenção aqui no nordeste paraibano, porque tem potencial, temos água e energia, porque a gente sertaneja espera que chova, para plantar e a maioria das vezes a gente tem água e energia para plantar, e não se planta, não tem um projeto de irrigação falta realmente suporte do Estado, para justamente fazer uma educação de assistência técnica, e continuar apoiando, para a gente sair e deixar uns trocinhos, porque isso causa o êxodo rural dos jovens para São Paulo, sem nenhuma profissionalização, vai pra lá, só se marginalizar e cria um caos social em São Paulo e Rio de Janeiro, então queremos fixar o homem do campo no campo lidando com o seu trabalho.

Dentro do projeto do Dr. Juan Cortez, qual é a sua função nele?

Eu já conhecia o professor Juan, na conferencia da Terra há uns três meses, no auditório da reitoria da UFPB, ele foi conferencista e conheci-o na conferência, e distribui um cartão meu, pois eu sou escritor, tenho um blog, então você pode pesquisar no google “blog www.pedroseverinoonline.blogspot.com.
Você pode pesquisar no link que é direcionado a pesquisar Terra, planeta água. Uma satisfação imensa é saber que Você, Daniel é filho de Marcelino Calassa, casado com Dona Jurandí Maciel, e seu pai foi um grande amigo meu, a gente foi colega de Ginásio, estudamos de 1971 a 1974, seu pai era maravilhoso, uma pessoa que tem uma visão de justiça social, um cara realmente admirável, pelo seu jeito você tem seguido o exemplo do seu pai.

Esclarecimentos de Professor Juan

Queria agradecer a você Daniel e a Marcos pela gentileza, de me trazer para cá e fazer algumas observações muito importante. A primeira é que o açude devido agora esses últimos meses, está nas condições ideais de manancial de água, gostaria que todos de Coremas refletissem melhor sobre as condições da pesca. Bom momento se a gente tomasse decisões certas, talvez o projeto que eu estou tentando desenvolver aqui, seja uma das alavancas para poder motivar o processo produtivo social, tecnológico aqui no município de Coremas, isso que eu acho e ser vital. Momento ideal também pela mãe d’água pelo espaço que está aí enorme, eu pretendo o ano que vem, estarei na Espanha, olhando as propostas desse projeto para poder algumas das comunidades serem implantadas como projeto piloto de desenvolvimento social produtivo de inovação tecnológica.
Então acho conveniente da minha parte, como um ser humano cidadão do planeta água, a todos os seres humanos, que Coremas está abençoada, está com uma bacia lindíssima, agora mesmo eu dei uma andada, e a água está perfeita e pronta para receber as espécies.
Por favor, parem com o extrativismo, se conscientizem que precisava crescer novamente, tudo tem o seu tempo e para isso precisamos de uma educação ambiental equilibrada, sustentável, eu acho que caminhando por esse sentido, nós podemos trazer tudo quanto é de bom para toda essa área do nordeste, emprego, sustentabilidade, peixes, inovação tecnológica, qualidade de vida, enfim todos os elementos necessários. O que eu quero dizer e já me despedi, eu dou graças a Deus em estar em um lugar, onde existe um manancial, que eu tenho andado pela América latina, e Coremas me impressiona, sinceramente.
E espero que como várias pessoas também perguntam, se isso mesmo irá dar certo, e eu respondo que eu não espero que vai dá certo, isso tem que dá certo. O ser humano já chegou ao nível de tolerância, que não pode mais jogar seus recursos naturais para o lixo. Esse argumento já foi, agora o planeta precisa, o ser humano precisa, e nós temos que cuidar desse elemento tão precioso, que se chama água.
ESTÚDIO DA COREMAS-FM

domingo, 7 de junho de 2009

ESPORTE RADICAL ATRAI TURISTAS PARA O VALE DO PIANCÓ

VÍDEOS SOBRE...



CRISTO ITAPORANGA
ITAPORANGA PARAÍBA 2

ESPORTE RADICAL ATRAI TURISTAS PARA O VALE DO PIANCÓ

Além do turismo religioso determinado a partir da inauguração do Cristo Redentor, em Itaporanga, e das horas de lazer que lhe são propiciadas pelas barragens de Coremas e a de Nova Olinda, uma nova atração no Vale do Piancó começa a despertar o interesse dos adeptos do chamado esporte radical. Trata-se das serras e das pedras existentes em Pedra Branca, pequeno município do sertão paraibano, atualmente administrado pelo empresário Anchieta Nóia que está disposto a trocar a sua terra no mapa turístico do estado.

Recentemente, a procura de aventura, uma equipe amante do esporte radical, sob a orientação do desportista Carlos Queiroga, esteve na cidade de pedra Branca, acompanhada pôr mim,que sua filho da terra e apaixonado pela beleza natural daquela região, recebendo a hospitalidade do prefeito José de Anchieta Nóia, onde decidiram escalar a Pedra do Genipapeiro, que faz parte do conjunto de montes conhecidos desde a nossa colonização pelo nome de Pedra do Fumo, em virtude de uma pedra que era cercada pôr inúmeros pés de fumo, tem 148 metros de altura e apresenta muitas dificuldades para chegar ao seu topo, que os alpinistas lograram chegar até ele.

Já a descida do rapel foi muito dificil porque o rochedo que fica próximo à residência de Antonio Bidô, apresenta rachaduras, estava ventando bastante e o sol era muito forte. A aventura começou às 9 horas e só terminou às 15, mas o objetivo foi claramente alcançado, com total segurança, pela equipe. Após o almoço, a equipe visitou a Pedra do Letreiro e a Barragem do Riacho do Minador, obra executada com recursos da prefeitura e do governo federal e que irá acumular 6 milhões de metros cúbicos de água, e que fica a poucos quilometros do local de nascimento do monsenhor Manoel Gomes e do médico José Gomes da Silva. Figuras de expressão máxima da família Genipapo, da velha Misericórdia, hoje Itaporanga.

Na manhã do dia seguinte, a equipe da Cliotur visitou a barragem de Nova Olinda, mostrando-se encantada com o que viram. Aproveitaram a oportunidade e também ali praticaram rapel, utilizando a parede da barragem que se encontra com pouca água em consequência da longa estiagem que se abate sobre a região. O orientador Carlos Queiroga, igualmente entusiasmado, ouviu do prefeito Anchieta Nóia a revelação de investir bastante no turismo do município, pensando até em promover um grande evento para atrair o interesse das autoridades governamentais para o município de Pedra Branca.

Os integrantes da comitiva da Cliotur,como nós, também ficaram impressionados com a beleza da paisagem do Vale do Gravatá, vista do alto da Pedra do Genipapeiro. O horizonte que se descortina é de uma beleza sem limites. Dali se vê a olho nú as cidades de Pedra Branca, Nova Olinda, Santana dos garrotes, Itaporanga, Boaventura, Diamante, Piancó, Olho D'Água e Curral Velho. É um panorama inesquecível, de uma magnitude inenarrável. Um quadro que só a própria natureza é capaz de desenhar, se aproximando do ser absoluto.


Para Carlos Queiroga, o "povo do Vale do Piancó precisa conhecer toda a grandeza da paisagem que forma a Serra da Pedra do Fumo. E o que de mais exótico existe sob o céu do planeta Terra. Cada pessoa humana deve aprender a admirar e amar o enorme presente que a mãe-natureza deu a este extraordinário pedaço do sertão.


FONTE:
Francisco Teotônio de Sousa
Especial Meio Ambiente
Revista Partes
Novembro de 2001